Um ideal

ESFORÇO, DEDICAÇÃO, DEVOÇÃO E GLÓRIA, o lema que fez do Sporting um grande clube, tão grande como os maiores da Europa”

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Tradição, criatividade e génio

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Música, tal como o desporto a música tem uma linguagem universal, é algo que é primitivo à humanidade uma forma de comunicação de massas que nos permite reconhecer sentimentos comuns entre um grupo de precursão tribal e a London Simphony Orchestra. Exige entre outras características, talento, coordenação, perseverança, inteligência, paixão, e muito trabalho.


Este facto deveria significar simplicidade de intercâmbio de experiências e culturas, contudo a realidade não o confirma, há algo mais complexo e difuso num ritmo ou numa partitura que obriga cada interprete a trabalho árduo para evoluir da simples emissão de sons para fazer música.

Para um músico ler uma partitura é um acto natural, mas retirar daquele papel rabiscado uma interpretação, arte, é exclusivo de uma minoria, normalmente este processo passa pelo saber e arte de um maestro. A evolução empresarial do futebol trouxe a miscigenação dos planteis que podia descaracterizar por completo aquela que era a tradição de cada cultura. Nos casos de maior sucesso tal não aconteceu é possível ainda reconhecer nos principais clubes europeus as características próprias do futebol de cada País ou região, o Liverpool ainda é uma equipa Inglesa, o Barcelona Espanhola, o AC Milan Italiana apesar de os interpretes serem das mais variadas proveniências.

É claro que para um grupo de artistas Ingleses será sempre complicado cantar em Crioulo, vão perder-se entoações e temperos tradicionais mas se a interpretação for honesta e a direcção do grupo fiel na transmissão de conhecimento é possível integrar estilos e o resultado final não trair a obra inicial podendo mesmo ser igualmente genial.



Hoje o Sporting joga contra o Hertha de Berlim, na teoria um confronto entre a escola Alemã e a escola Portuguesa, na prática dois conjuntos a procurar uma identidade que não descure a sua tradição e integre de forma harmoniosa as diferentes influências que compõem os dois planteis. O Sporting é hoje no panorama europeu uma equipa atípica porque mantém uma grande maioria de jogadores nacionais (65,4% de portugueses contra 33,3% de jogadores alemães no Hertha), isso dá-lhe particular responsabilidade em executar bem as tradições e vantagens da escola Portuguesa, depois com o saber de um maestro é possível dar corpo a um estilo que não deve desvirtuar o que de bom existe na sua matriz e nos transporte para um nível maior de arte e eficácia.

Logo pela noite em Alvalade há uma boa oportunidade para começar a limpar a má imagem que deixámos no ano passado no confronto com outra equipa Alemã e recuperar níveis de confiança. Contra a força e o poderio físico, pede-se ao Sporting que use e abuse da criatividade, da técnica, do génio, da coragem de ousar onde outros estagnaram.

Maestro pegue na batuta e conduza os seus artistas. Inspirem-se.

Bolas de Berlim

Joga-se logo em Alvalade a 2ª jornada de grupos da Liga Europa. De Berlim chega-nos um Hertha a viver um pesadelo inesperado: depois de lutarem pela conquista da Bundesliga transacta, cerram agora os dentes para se porem de pé. Mas as coisas não estão fáceis. No início da semana mandaram o técnico Lucien Favre de volta para a Suiça, permitindo-lhe preparar antecipadamente a época de ski que se avizinha. Espero que o seu substituto, Karsten Heine, regresse à capital teutónica com mais dúvidas sobre que caminho trilhar para sair da crise. Os alemães, como sempre altos e espadaúdos, dando a ideia como a vida seria muito mais difícil se os armários tivessem pernas, não serão doces, disso tenho a certeza.

O regresso de Tonel ao centro da defesa, uma não-decisão de PB ditada pela lesão de Polga, e a chamada de Nuno Reis, dos juniores, marca a convocatória. A possibilidade de Adrien voltar ao miolo, por recuo de Veloso à esquerda, seria interessante mas pouco avisada. Não que o miúdo de Arcos de Valdevez não tenha futebol de sobra, mas não joga desde o particular de Guimarães, de onde saiu da titularidade para a bancada, sem se perceber porquê. Apostaria antes em Moutinho, tal como na 2ª parte de sábado passado. Independentemente de quem jogue, se o Sporting quiser marcar mais bolas que os de Berlim terá que fazer pela vida. Afinal o que interessa, por agora, é mesmo isso: marcar mais um que o adversário, para conquistar mais 3 pontos. Para o apuramento e para o ranking.

Discutimos aqui durante esta semana o que deveria ou não fazer o Sporting no sentido de não se deixar insultar por decisões absurdas e provocatórias como a da recente nomeação de Duarte Gomes. Sem legitimar este procedimento, a noticia de que o Sporting viabiliza sem qualquer estratégia alterações de regulamentos e depois de ainda se queixa, deixa-nos numa posição tão ridícula como os que agora acusamos.

Continuamos a fazer grandes negócios. O de Grimi já se sabia. O de Rochemback soube-se agora. Contas por alto, e por esta cotação, o Sporting receberá pouco mais de meio milhão de euros por 70% do passe do brasileiro. O que não dá para receber de volta o dinheiro que despendeu em vencimentos e prémios. Talvez agora se perceba melhor o que aqui defendi vezes sem conta: por este preço e este rendimento mais vale apostar num jogador da casa. O Sporting a fazer negócios é fofo e doce como uma bola de Berlim.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pontos de vista

OS PECADOS DO PORTO-SPORTING
Caros Leões, o que aconteceu antes e depois do último FCP – SCP é demasiado preocupante para que olhemos para este jogo como, mais uma, derrota. Desde a indigitação do árbitro do jogo até aos comentários após o mesmo, foram tantos os pecados que para mais facilmente se perceber a sua importância, teremos que os agrupar:
1. Comissão de Arbitragem
2. Direcção do Sporting
3. Duarte Gomes
4. Paulo Bento
Comissão de Arbitragem – nomear um árbitro que tem (e não, “tinha”!) um conflito com o SCP por resolver é uma autêntica PROVOCAÇÃO. E, reparem que não existe qualquer desculpa para esta nomeação..: os clubes em causa não têm litígio com qualquer outro árbitro; vamos ainda na 6ª jornada e, portanto, não existem árbitros “sobrecarregados” de jogos; e, porque foi o 1º jogo entre os grandes, não havia qualquer incompatibilidade de nomes. Ou seja, o Sr. Vítor Pereira (VP) só nomeou o Duarte Gomes porque lhe apeteceu! E assim provocou o que nunca se deve fazer: colocar a arbitragem no centro de todas as atenções, e discussões, antes do jogo.É óbvio que pode existir outro motivo..: desviar as atenções (e a pressão!) que inevitavelmente recairiam sobre o campeão nacional, que vinha de 2 derrotas seguidas, estava com os mesmos pontos duma equipa que está a fazer um péssimo arranque de época, a 3 pontos do SLB e a 5 pontos do Braga. Seria “Maquiavélico”? Pois seria, mas é o passado do FCP que nos permite tal conclusão - imaginem o que seria, à 6ª jornada, termos o FCP a 5 ou 6 pontos do Benfica e a 7 ou 8 do Braga!
Direcção do Sporting – já deviam saber como é que “isto funciona”…! De que adiantou vir dizer “…não vamos condicionar a arbitragem antes do jogo…”? Ela já estava condicionada pelo Vítor Pereira! O que se exigia da direcção do SCP era a realização de uma conferência de imprensa, para explicar, factualmente, porque é que o SCP discordava da nomeação: era imperioso eliminar a ideia que o VP deixou de que “o caso com este árbitro está ultrapassado”, e era fundamental atribuir, desde logo, as consequências do que se viesse a passar durante o jogo para as mãos do VP.Se antes do jogo a Direcção não fez o que devia … o mesmo se pode dizer depois do jogo: não chega “mandar pró exterior” um comunicado qualquer! Veja-se como fez o FCP (logo à 1ª jornada), no caso do Hulk: conferência para o efeito, mil imagens “a jeito”…e o jogador deixou de ser um arruaceiro (passou o jogo de Paços a dar cotoveladas, a ter entradas perigosas, e a insultar o árbitro) para ser uma vítima. Agora é o que se vê - repare-se só no que aconteceu no FCP-SCP e nas faltas “cavadas” pelo Hulk: livre que deu o golo do FCP, amarelo ao Veloso, amarelo ao Abel, penalty e expulsão do Polga. Tratamento exemplar…à FCP!E o SCP o que faz? Limita-se às intervenções do Paulo Bento no fim do jogo, que só servem para destabilizar a equipa e castigar o treinador. Exige-se que uma Direcção profissional tenha alguém para fazer a defesa da equipa do SCP.
Duarte Gomes – teve uma arbitragem, no mínimo, habilidosa. Condicionou a defesa do SCP com amarelos inexistentes ao Veloso, ao Abel e ao Polga (todos na 1ª parte), e teve a “distinta lata” de não fazer o que toda a gente considerou inevitável: expulsar o Raul Meireles aos 39 minutos de jogo! Naturalmente que não sabemos o que daria o jogo após a expulsão…mas ninguém tem dúvidas que poderia ser totalmente diferente daquilo que foi.
Paulo Bento – tem confundido atitude com desprezo, e confiança com teimosia. Continuar a apostar no Polga é não querer ver o evidente…e assim lá vai a equipa sofrendo golos atrás de golos: em 10 jogos oficiais o SCP sofreu 10 golos.E quanto à atitude que teve aquando da expulsão do Veloso no fim do jogo com o FCP, não é possível concordar-se com o que fez. Se é certo que “um homem não é de ferro”, o treinador do SCP não pode fazer cenas daquelas – o que se exige ao treinador nestes momentos é que proteja os atletas e evite males maiores para a equipa!
Saudações Leoninas!
Carlos Marcelino Martins
P.S.- Pontos de vista é um artigo onde damos voz aos leitores do blogue.

Para ler com muita atenção:



O Jornal Sporting publicou, na sua edição da semana passada, uma importante entrevista com Rogério de Brito, responsável pelo pelouro das filiais, núcleos, delegações. Por a considerar uma peça muito importante para discussão, aqui a disponibilizo para leitura.

PS: O blogue anda à procura de um novo aspecto. Nessas tentativas já por diversas vezes a lista de blogues recomendados teve que ser refeita. Caso o seu blogue tenha desaparecido agradeço o aviso bem como a compreensão. Obrigado.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Chega!!!

Embora ainda não tendo atingindo o seu epílogo , o processo “apito dourado” parece destinado a não produzir qualquer consequência penal para os que, à custa da trapaça, encheram as estantes de troféus, alicerçando um poder iníquo que ainda hoje sufoca a verdade desportiva. Apesar de tudo, este processo deixará para a memória futura 2 factos indesmentíveis, comprovados pelas escutas: que a justiça portuguesa é um labirinto onde a verdade dos factos se perde entre corredores, recursos, favores e apelos, e que a tão propalada eficácia e boas praticas desportivas dos azuis e brancos tinha uma rede à prova de qualquer vicissitude.

Embora eu nunca tenha duvidado, foi através das escutas que o País ficou a saber que Bettencourt falava verdade sobre o triste episódio da camisola de Rui Jorge. Ou como, por exemplo, o clube das Antas se moveu, , para evitar um castigo certo por agressãode Deco, com uma bota, a um árbitro. Para tal não hesitaram em recorrer a um jornalista (?), que a troco de uns almoços, veiculou a chantagem da ausência do luso-brasileiro do Euro-2004, caso fosse castigado. Claro que o referido árbitro também nunca quis ver apurada a verdade, doesse a quem doesse. Sabia bem que, no final, seria ele a sofrer as maiores dores.

A nossa matriz impede-nos de usar destes expedientes e outra frutas para lutar pelo que é nosso de direito. Para termos igualdade de tratamento e jogarmos em igualdade de circunstâncias no que aos critérios de julgamento diz respeito. Por isso o nosso caminho é mais difícil e penoso, mas julgo que é por tudo isto que muitos de nós só nos imaginamos Sportinguistas ou coisa nenhuma, sem meios termos. É precisamente farto dos meios termos que me sinto. Do comportamento politicamente correcto para quem prefere a fraude, de estender um aperto de mão a quem nos cospe em cima, ou de nos sentarmos ao lado de quem cheira mal. Onde nos tem levado isto?

No próximo sábado deveríamos jogar na nossa Academia frente ao rival de sempre. Não aceito ter de cumprir, como agredido, uma punição idêntica aos agressores, mais ainda quando a estes foi entregue um titulo de mão beijada. A nossa negligência como organizadores de jogo já foi sobejamente castigada. Por isso, recuso-me a aceitar, de cabeça baixa, mais esta aberração. Por mim não haveria jogo.

Sei que é uma decisão difícil, até por envolver miúdos que anseiam pelos jogos grandes. Mas está na hora de dar um passo em frente e dizer chega! Às vezes os grandes males pedem remédios amargos e terapias dolorosas. Soframos as consequências mas não nos verguemos!

Podia repetir?


«Em 2002/03, no regulamento de arbitragem da Liga, estava expressamente escrito que árbitros que tivessem processos a correr com clubes não poderiam ajuizar jogos desses mesmos clubes. Mas foram os próprios clubes que entenderam que isso não era correcto, com o pretexto de que alguns processavam árbitros para evitar esses mesmos árbitros. Foram os próprios clubes que, em Assembleia Geral, alteraram essa norma. Isto, para dizer o quê: o facto de haver um processo não impede que o árbitro seja nomeado».

Luís Guilherme - Presidente da APAF in A Bola

A isto chamo eu "interpretação extensiva" vinda de um senhor que não foi capaz de comentar sobre o sentido da nomeação de Duarte Gomes pois "Nunca o fizemos nem faremos ", da mesma forma que nunca tomou qualquer posição em relação às críticas levantadas por outros clubes, supostamente candidatos ao título, em relação a arbitragens.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Comunicado Oficial AAS - Crónica de um desastre anunciado


Mantivemos, propositadamente, o silêncio antes do encontro FC Porto - Sporting Clube de Portugal no que à nomeação do árbitro diz respeito. Na verdade, e numa alusão a tudo o que vem sucedendo nos últimos tempos, nenhum de nós, sportinguistas, poderia ficar surpreendido com a nomeação de Duarte Gomes.

Vitor Pereira é o lider do corporativismo do apito e presta um péssimo serviço ao futebol nacional. Quem devia contribuir para o incremento da verdade desportiva, para a transparência e para a credibilidade do desporto faz precisamente o contrário. Esta é a nossa avaliação de adeptos do desporto-rei.

Esta nomeação começou por ser uma crónica de um desastre anunciado que, infelizmente, se comprovou plenamente.
Estamos solidários com a equipa técnica do Sporting Clube de Portugal no que a este caso diz respeito e entendemos que, à luz de recentes decisões da Comissão Disciplinar da Liga, o treinador do Sporting não tem razões para ser castigado, dado existir “causa de exclusão de culpa”(1). Pese embora, em termos disciplinares, poder existir “comportamento ilícito”(1 ) verifica-se igualmente um “estado de necessidade desculpante” (1).

Não se pretende, com tal tomada de posição, encontrar uma forma de desculpabilizar resultados, mas antes escalpelizar situação recorrentes que não podem continuar a suceder no futebol português, a bem de todos os intervenientes: adeptos, jogadores, treinadores, dirigentes e patrocinadores.

Paulo Bento tem razão quando diz que o Sporting é muito simpático. Está na hora dos sportinguistas assumirem, todos, o seu grau de participação nessa simpatia e saberem ser menos simpáticos com quem não o merece, no dia a dia, com reflexos já no próximo jogo em casa para a Liga.

Comité Executivo
Associação de Adeptos Sportinguistas
www.aasporting.com

(1) Expressões retiradas do acordão da Comissão Disciplinar da Liga, relativo ao processo que envolveu o árbitro Duarte Gomes no caso de agressão ao treinador de guarda-redes do Sporting Clube de Portugal, Ricardo Peres.

mais do mesmo...

“O Sporting é demasiado simpático com certas situações. Não quis falar sobre o Duarte Gomes e depois pagam os jogadores e o treinador. Não foi uma nomeação normal, mas vindo de quem vem não me surpreende. O grande problema desse senhor [Vítor Pereira] é que esteve para vir dar a cara sobre a nomeação mas acobardou-se. Nas situações mais fáceis dão a cara, nas mais difíceis ficam calados."

Diz o Público, que as palavras de Paulo Bento no final do clássico do dragão, poderão motivar uma suspensão do técnico até dois anos. Francamente, não faltam jornalistas especialistas em jurisprudência desportiva, sempre prontos a talhar sentenças em relação ao Sporting e aos profissionais que o servem. Já nos habituamos ao azedume que grassa um pouco por toda a imprensa em relação ao Sporting, um clube demasiado simpático para uns e muito incómodo para outros.

Incómodo, é certo, mas da forma errada. Continua-se a persistir ou a cair nos erros do costume, fruto de não haver uma estratégia definida relativamente à relação que o clube deve ter com as restantes instâncias do futebol português, nomeadamente com quem manda na arbitragem.

Todos sabemos que há um conflito latente entre a comissão de arbitragem e o Sporting Clube de Portugal. Todos sabemos quão deselegante tem sido o seu presidente e quão incompreensíveis têm sido as atitudes em relação ao Sporting. Veja-se a imponderável e insensata nomeação de Duarte Gomes para apitar o clássico de sábado passado.

Mas sabendo de tudo isto, sabendo que se torna imperioso estabelecer uma estratégia clara e devidamente orientada relativamente à relação do clube com os árbitros e sua estrutura organizativa, porque é que continuamos a cair no mesmo erro?

Só há um caminho: ou o Sporting de facto movimenta uma cruzada contra a podridão instalada e fá-lo com cabeça, tronco e membros, ou, agindo de forma isolada, com criticas após os jogos, protagonizadas pelas pessoas erradas, arrisca-se a que lhe aconteça mais do mesmo, ou seja, prejuízos claros dentro e fora das quatro linhas.

Paulo Bento, deixou um recado implícito nas suas palavras: “O Sporting é demasiado simpático com certas situações. Não quis falar sobre o Duarte Gomes e depois pagam os jogadores e o treinador.”

Alguém vai ter que começar a falar para que o técnico se possa calar.

O Sporting no DisneyWorld

Depois de ler atentamente este comunicado pergunto:

Foram precisas mais de 24 horas para redigir isto?

A preocupação primordial do Sporting não deveria ser preocupar-se em ganhar o jogo, independentemente do ambiente à volta do encontro?

Se o Sporting entendia que a arbitragem estava condicionada, presume-se contra os nossos interesses, como poderiam ser eles defendidos ficando calados?

Porque tem o Presidente da SAD de se preocupar com as condições mínimas para o árbitro se o Presidente do CA de arbitragem não o faz?

Se Vitor Pereira tem prejudicado “manifestamente” o Sporting como pode o Presidente da SAD ter ficado primeiro calado e depois manifestado confiança nas suas decisões?

Como pode esta nomeação ter sido encarada como uma “provocação acintosa” e ninguém ter dito nada?

Depois do sucedido, como pode o Sporting afirmar que vai manter o mesmo tipo de relacionamento que tem mantido, com os frutos conhecidos, e ainda “ameaça”voltar a reincidir neste comportamento que, manifestamente não defende os interesses do clube?

Se o Sporting nada tem feito para alterar este “status quo”, como pode esperar que ele venha ser alterado? De geração espontânea?

Com este timing e com este modus operandi a actuação do Sporting padece de credibilidade. É que mesmo na DisneyWorld todos sabem quem é o lobo mau ou o capitão gancho. Por este caminho o Sporting mais não faz que figura de Pateta.

domingo, 27 de setembro de 2009

Por dentro do clássico

Começo por dizer que não sou “deste tempo”. Clássico para mim é entrar cedo, sentir o ambiente, ver o aquecimento, adivinhar na cara dos protagonistas a disposição para o jogo. Hoje entra-se no estádio pelo apito inicial, perdeu-se o ambiente electrizante que se vivia, quando muitas vezes uma hora antes já os estádios estavam lotados. Esta “comodidade asséptica” não me seduz. Por isso, mais una vez, entrei com antecedência mas o estádio só se compôs pelo inicio do jogo.

Sou um admirador das claques do meu clube e é no meio delas que gosto de ver os jogos, especialmente como os de ontem. E se estivemos bem representados foi ontem. É uma lição ver como nunca param de apoiar a equipa, sem prejuízo do juízo crítico que fazem do jogo. Por exemplo, no momento da substituição de Postiga, dos jogadores mais criticados durante a partida, todas as claques gritaram "Hélder Postiga" perante a assobiadela monumental com que foi presenteado pelos andrades. Não posso porém de deixar passar sem reparo momentos que não me parecem ser “à Sporting”. P.ex.: cantar com os superdragões “slb, slb…” quando o speaker anunciou a conquista da supertaça de hóquei em patins sobre os do Colombo. Ou o “cheira bem, cheira a Lisboa…”, “povo de merda” ou em “cada tripeiro…”. Percebo algum do folclore associado a estes dizeres, mas parece-me que isto é cair na “cantiga do bandido”, uma vez que o Sporting é um clube de implantação nacional, ao contrário dos que apostaram num discurso falsamente regionalista, dividindo para reinar. Lembro-me perfeitamente que uma das manobras usuais em Pinto da Costa era contratar jogadores a equipas em véspera de jogos, com objectivos claros de os enfraquecer, fosse ao Braga, Guimarães, etc, não se preocupando mais do que com o seu Norte: o que fica entre o Douro e o Leça. Os portistas são muito menos que os tripeiros e no Norte há muito mais que apenas andrades.

Já quase tudo foi dito sobre o jogo. Se espremermos a emoção sempre presente num clássico, exponenciada pela incerteza que um golo solitário provoca, o jogo foi marcado pela genérica fraca qualidade das intervenções e decisões. O Sporting nunca esteve em igualdade de circunstâncias com o adversário. Antes do minuto inicial aceitou candidamente uma nomeação inaceitável. Alguém acha que isto seria tolerado impunemente noutro clube que não o nosso? Após o apito inicial ficamos a perder em toda a linha, e sofrer apenas um golo foi um mal menor. PB mais uma vez, como em tantos outros exemplos, prefere afirmar as suas opções pela teimosia, de forma negativa para jogador/equipa/clube a dar o braço a torcer. Polga nunca devia ter começado o jogo. Mas o problema de sofrer 10 golos de cabeça esta época não tem apenas a ver com o brasileiro, com a altura da defesa, mas sim com a anarquia que se vê na hora de defender: nem marcação à zona, nem ao homem, um dia destes sofremos um golo de um jogador sentado. E se sente que há muitos jogadores cujo potencial é desaproveitado Matias é a maior evidência. Volta Romagnoli, as minhas desculpas. Nada a dizer da entrega ao jogo dos jogadores, mas ficou no ar que perdemos uma boa oportunidade de vencer um adversário em crise de confiança ditada por duas derrotas consecutivas.

Mas os clássicos são também os artistas. Patrício e Veloso foram os melhores. Mais uma vez foi a cantera a assumir as responsabilidades que caberiam a outros. A velocidade de Djaló fez falta, sobretudo enquanto estivemos em igualdade numérica e sem asa esquerda, pela colocação de Vuk a segurar Pereira do lado contrário. Belushi o melhor dos azuis.

A arbitragem teve o seu momento definidor quando não expulsou Meireles. Percebeu-se que vinha aí mais uma peitada, desta vez em forma de apito.

A frase:
"A Comunicação Social comentou esta nomeação, o FC Porto também, mas o Sporting não o fez. Se calhar devia tê-lo feito. Se calhar vamos ser condecorados com o Prémio Nobel da Paz. O Sporting é demasiado simpático e depois pagam os jogadores e o treinador." Paulo Bento.

O Incrível Calimero



Assistimos este ano a uma campanha de vitimização do Giovanildo, que teve mais um episódio na semana antes do clássico. Um avançado com qualidade mas tremendamente faltoso e que pelos vistos, apenas é possante em lances como o do clássico de ontem, em que empurra MV pelas costas e, ao invés de ser assinalada falta, é marcado canto. Já no lance que origina o golo, assim como em tantos outros durante o desafio, parece bastar um sopro para o Givanildo Vieira de Souza cair. É quando vem ao de cima o seu alter-ego: O Incrível Calimero.

É que apesar do SCP ter repetido os mesmos erros, que estão lá de jogo para jogo, houve também outros intervenientes a errar, antes e durante o jogo. E esses não podem ficar imunes à crítica, por muitas falhas que o SCP possa ter tido.

PS: Continua a faltar isto em Alvalade:

sábado, 26 de setembro de 2009

As mesmas figuras... Os mesmos critérios


Julgo que não há muito que se possa dizer em relação à partida de hoje já que o Sporting entrou praticamente a perder e assim ficou até ao final do jogo.

Gostei especialmente da nossa primeira parte onde conseguimos criar algumas oportunidades para empatar a partida com especial destaque para o lance em que o Postiga rematou ao poste e quando o Helton conseguiu segurar a bola quase em cima da linha de golo.

Julgo que o Porto não foi superior ao Sporting e viveu quase sempre dos lances individuais por parte do Hulk – a quem foi dado demasiado espaço para poder embalar em direcção à nossa baliza. Devíamos ter aproveitado o espaço que foi dado mas algumas falhas posicionais e movimentação limitada dos nossos jogadores, aliado à má temporização nas jogadas, fizeram com que o Sporting não conseguisse produzir mais do que fez hoje.

Quanto às exibições individuais, o destaque vai naturalmente para Rui Patrício que com uma mão cheia de intervenções impediu que o Porto dilatasse a sua vantagem.

Pontos – chave da partida:

- Um livre inexistente deu origem ao único golo da partida;
- As oportunidades falhadas por Matias Fernandez e Postiga que podiam ter dado o empate ao Sporting;
- A expulsão perdoada ao Raul Meireles;
- Penalty por assinalar sobre o Liedson,
- O penalty defendido pelo Rui Patrício.
- Moutinho mete a bola fora e o adversário não devolve.

Palavras finais para as duas “personagens” que me ficam na retina:

Hulk provou uma vez mais que não é um jogador que sofra muitas faltas mas sim um jogador que deveria consultar um ortopedista. Julgo que existe qualquer coisa naquelas cartilagens e eventualmente falta de cálcio nos ossos face à quantidade de vezes que está no chão, com ou sem contacto.

Duarte Gomes está de parabéns. Felicito-o pois mais uma vez consegue aquilo que mais gosta, ou seja, fazer com que as luzes caiam sobre ele. Infelizmente, essa ribalta foi conseguida graças à falta de coerência no juízo dos lances, sempre em prejuízo para o Sporting.

Parabéns aos nossos jogadores que em inferioridade numérica lutaram até ao final da partida.

EM FRENTE SPORTING!

fc porto - SPORTING

Antes do início da partida recebi uma excelente notícia. O mestre Leão de Alvalade informou-me que antes do horário da partida, o presidente José Eduardo Bettencourt e o vice-presidente Rogério de Brito marcaram presença no Solar do Norte, deixando por demais satisfeitos os Leões presentes no local bem como os responsáveis daquela delegação - depois do episódio verificado.

Tenho a certeza que a garra leonina será sentida com muita força pelos ares do Norte!

Estádio do Dragão (Porto)

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)

fc porto: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Álvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Mariano, Hulk e Falcao

SPORTING: Rui Patrício; Abel, Daniel Carriço, Polga e Grimi; Miguel Veloso, João Moutinho, Vukcevic e Matías Fernández; Hélder Postiga e Liedson


EM FRENTE SPORTING!

Desinspiração total

Há dias assim. Por mais que te esforces em mudar de agulha, os pensamentos desaguam sempre no mesmo estuário verde e branco, numa crença, numa fé! A desinspiração é total, uma vez que pela minha cabeça só passam imagens da bola a beijar a rede, o Vuk a saltar a linha, os placards e a mergulhar na curva. Quem diz o Vuk diz outro qualquer. No final até podem vir todos, que haverá Sportinguistas sem vergonha em número suficiente para os levar ao colo até ao balneário.

Fafe - SCP

Todas as atenções centram-se hoje no clássico entre o fcp e o SCP. No entanto, e porque existe vida para além do futebol, a equipa de andebol defronta hoje, fora, o Fafe.

Um jogo que não deverá ser muito complicado, se o SCP se apresentar como nas primeiras 2 jornadas em que mostrou que tem equipa para lutar pelo título. Por sua vez o Fafe, jogou contra o Belenenses e o ABC, averbando derrotas expressivas: 27-37 & 28-18, respectivamente.
Nitidamente um jogo em que o SCP é favorito e qualquer resultado que não a vitória, será um mau resultado.

Quanto ao futsal, a 3ª jornada tem o sempre apetecível slb-SCP, entretanto adiado para 13 de Outubro.

FORÇA SCP!!! ECLETISMO SEMPRE!!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Antevisão do Clássico


Joga-se amanhã o primeiro clássico do futebol nacional neste campeonato de 2009/2010. Por essa razão, reunimos as opiniões de todos os editores do nosso blog para partilhar convosco a nossa antevisão para a partida de amanhã no Estádio do Dragão, com enfoque em três aspectos:

1) Antevisão do jogo
2) Jogadores em destaque
3) Uma recordação de um Porto - Sporting.

Confira os testemunhos:

1) Antevisão do jogo


LMGM:

A visita ao Porto que o Sporting vai fazer no próximo sábado tem a particularidade de opor a equipa que joga sempre bem, independentemente de maus resultados, contra a equipa que joga sempre mal, por incrível que pareça estão ambos empatados em pontos e julgo que o jogo vai ser equilibrado, o típico jogo de tripla. Em duas equipas vocacionadas para atacar a capacidade de reacção a um golo inesperado vai ser importante, manter o sangue frio e não abrir mais brechas do que aquelas já naturais nas duas defesas pode ser o factor que resolva o jogo. Isso ou o Jesualdo colocar o Fernando a defesa direito, vá lá professor dá-me uma razão para sorrir.

Virgílio:

Vitória leonina por 1 a 0. Faz pouco mais de vinte anos que algumas coincidências históricas envolviam este embate clássico. Um Porto super-acarinhado pelos media e um Sporting a viver momentos conturbados…Espero que, tal como nessa altura, também o resultado se repita (Ver recordação em baixo).

jvl:

Atendendo ao momento actual do SCP, ao tradicional "inventar" do Jesualdo e ao ambiente típico de um clássico, acho que teremos um jogo sem grande dose de risco de parte a parte. Com o campeonato no início, não há obrigatoriedade de vencer o jogo para nenhuma das 2 equipas. Apesar das 2 derrotas seguidas do fcp e 4 vitórias consecutivas do SCP, o fcp parece-me ligeiramente mais forte. E como nestes jogos, ganha quem está pior.... ;)

Hugo Malcato:

Uma visita ao Dragão é sempre complicada. Ambas as equipas estão sobre brasas: o Porto pelos resultados e o Sporting pelas exibições menos conseguidas. Qualquer uma delas vai querer dar a volta por cima e mesmo sendo um jogo de 1 X 2, o Porto parte em vantagem por jogar em casa e por ter um plantel com mais soluções. Ainda assim, acredito que se o Sporting jogar com as suas reais capacidades, será possível sairmos satisfeitos desta partida.

Leão de Alvalade:

Prevejo um jogo difícil como poucos para o próximo sábado. O adversário vem de 2 derrotas e sabe que não pode perder outra vez. Não me surpreenderia que, caso das coisas não lhes corram de feição, façam uso e abuso do contacto físico. Sinto os momentos iniciais como definidores da partida. Não creio que estejamos piores, os últimos resultados nivelaram-nos, vejo um ascendente psicológico na nossa equipa, acabada de virar 2 resultados. Vou estar lá porque acredito sempre no Sporting!

Leão Transmontano:

Prevejo um jogo equilibrado. São duas equipas que ainda procuram a melhor forma. O Porto perdeu Lucho, Lisandro, mas contratou Falcão, Varela, Álvaro Pereira e continua com um modelo de jogo consolidado há anos. Jesualdo, por vezes inventa. Passa do 4-3-3 para o 4-4-2. Perde sempre quando muda a táctica. Curiosamente, com o Sporting passou a ganhar quando deixou o 4-3-3 e passou a jogar em 4-4-2. Apesar de sentir que o FCP tem melhor plantel, joga em casa e considerar que está ligeiramente melhor do que nós, confio na vitória do Sporting por 2-1.

2) Qual o jogador em destaque em cada equipa e porquê?

LMGM:

Liedson – O regresso da veia goleadora de Liedson é a melhor noticia no Sporting é importante manter o adversário em sentido e para isso conto com o nosso 31 e com a velocidade daquele-que-faz-Tilt-com-os-pés.
Helton – Tem sido uma barreira intransponível para Liedson, com maior ou menor sorte a bola sobra sempre para a barra ou para as suas mãos. É altura de acabar com esta tradição.

Virgílio:

Mat14s, se o Paulo ‘maturidade’ Bento o colocar a jogar. Porque os grandes jogadores mostram-se nos grandes jogos. Rolando, numa assistência à Secretário…

jvl:

Carriço - cada vez mais, um líder dentro de campo. Muito do êxito do jogo do SCP, passará pelo futuro capitão.
Hulk - que é um bom jogador, já sabíamos. A novidade é a sua faceta de calimero.

Hugo Malcato:

Bruno Alves e Daniel Carriço. São neste momento os “líderes” de cada uma das equipas. Representam na perfeição a paixão pela camisola e servirão certamente como inspiração e motivação para os colegas.

Leão de Alvalade:

Mais do que uma previsão exprimo um desejo. Gostava Polga e o Postiga jogassem o que sabem. Sendo dos jogadores mais experientes do plantel, chegam a este jogo em deficit de confiança. Uma boa exibição, um bom resultado, seriam excelentes “aquisições” para o resto do campeonato. E como nós precisamos de equilíbrio atrás e eficácia à frente!

Leão Transmontano:

Liedson – Para além de ser o nosso abono, não costuma marcar ao Porto e certamente que desejará fazê-lo já este Sábado.
Bruno Alves – O FCP sempre teve grandes defesas centrais e o Bruno Alves é dessa escola. Faz muita falta numa equipa um comandante na defesa e o Sporting, infelizmente na defesa, tem um Furriel (Carriço) a comandar um Brigadeiro (Polga).

3) Uma recordação de um Porto – Sporting

LMGM:

Dizem que as primeiras recordações são as melhores, a minha primeira visita às Antas teve muitos episódios engraçados, cedi à pressão de um grupo de adeptos rivais para ir com eles, estava a estudar para o meu primeiro exame universitário e o bom senso deles disse-me, “Não vai ser num dia que vais meter essa matéria toda na cabeça. Deixa lá o estudo.”, o caricato da situação foi que a primeira coisa que vi ao entrar no estádio foi o nome da cadeira que devia estar a estudar em letras garrafais no placard electrónico do estádio, há coisas do diabo… O mau presságio terminou com a nossa derrota por 3-2, num jogo onde vi estrelas do calibre de Douglas, Silas, Luisinho, Xavier, Cadete, etc., a fazerem um jogo miserável durante 80 min., parecia que nunca tinham treinado juntos, subitamente nos últimos 10 min. do jogo o Sporting começa a praticar um futebol magnifico e em 5 min., reduz de 3-0 para 3-2, o empate ficou agarrado à trave, o que justificava aquilo pensava eu? Pouco tempo depois estoiram as rescisões por falta de pagamento e eu aprendi que muitas vezes o mau futebol nada tem que ver com o treino ou com os treinadores… Ah, chumbei como é óbvio.

Virgílio:

Finais dos anos 80. O Porto tinha acabado de ser campeão europeu. O sorteio para a Taça de Portugal dita um FCP-SCP. O ‘todo poderoso’ recebia um instável Sporting, situação típica daqueles loucos anos oitenta… A degola dos leões na já então subserviente comunicação Social, estava a preparar-se. Mas, aqui para o teenager o mundo desenhava-se, incondicionalmente, a verde e branco. À hora do jogo, lá estava eu, esperançado e disposto a lutar contra as previsões pessimistas. De ouvido colado a um pequeno rádio de pilhas, ia escutando o zero a zero inicial, que persistia teimosamente. Com a aproximação do fim do jogo o relato era vivido cada vez mais intensamente… Pontapés imaginários, cabeçadas atmosféricas, berros de incentivo. Chega o prolongamento: mais nervoseira miudinha… ‘Caraças, que isto vai prós penaltys’, comentava com os meus botões…Até que Mário, médio brasileiro de leão ao peito, arranca um portentoso pontapé de fora da área e grita-se GOOOLO DO SPORTING!

O prolongamento do jogo terminava logo a seguir e com ele o pequeno rádio de pilhas depois de voar de um terceiro andar e estilhaçar-se no quintal… mesmo à beirinha de um espavorido gato vadio. O gato não era preto, mas como não fizemos mais nada de jeito nessa época comecei a preservar melhor os objectos fetiche que, julgava eu, davam sorte ao SCP. A colecção foi-se avolumando e ainda duraria até às derradeiras jornadas do século XX…

jvl:

Não posso dizer que tenha muitas recordações positivas de um fcp-SCP, infelizmente. São mais as polémicas que outra coisa qualquer. Destaco o reconhecimento por parte dos adversários, da qualidade do Polga, naquele corte que fez no meio-campo e que acabou nas mãos do Stoj. Muito li e ouvi que sim, que tinha sido um corte e que a sua qualidade lhe permitia isto. Há muito tempo que Polga não reúne uma maioria como então.

Hugo Malcato:

Um episódio ocorreu na nossa última vitória no Dragão. Estava a ver o jogo num centro comercial no momento que o Tello ia arrancar para a bola quando oiço alguém a gritar golo na zona dos Restaurantes. Os desfasamentos das televisões estragaram-me a festa.

Leão de Alvalade:

Tantas. Há um jogo que se sobrepõe na memória: 93/94, Queiroz substituía Robson e chegávamos às Antas em 2º, com ténues hipóteses de ainda chegar ao título. Carlos Valente fez uma péssima arbitragem, com os portistas a rirem-se do que viam. Antes do intervalo já Juskowiak estava no balneário e terminamos com 9, mas de forma heróica, sem nos vergarmos, nunca desistindo de atacar. Espero que no sábado não haja peitadas nas regras.

Leão Transmontano:

Tenho várias, até porque já vi alguns ao vivo no velhinho estádio das antas e também no dragão. Mas destaco a vitória do Sporting em 1997, por 2-1, golos de Beto e Pedro Barbosa, precisamente porque acabou com um jejum de vitórias do Sporting nas antas desde o ano de 1975.


EM FRENTE SPORTING!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Herança

Somos um clube de heranças. A nossa fundação, mais do que o carimbo de realeza com que os nossos adversários gostam de nos brindar jocosamente tem esse peso, uma herança faustosa entregue a um grupo eclético e corajoso de homens que aceitaram a responsabilidade de a fazer crescer.

Divirto-me muitas vezes a imaginar esse momento, a herança original, o Visconde de Alvalade rodeado por um grupo de jovens de juba nobre e forte a dizer para os seus botões, “E porque não? Há melhor fim para dar a este património que oferece-lo a este grupo para quem não há impossíveis? Quem têm o desplante e a irreverência de atiçar assim a memória da minha própria juventude, não merece essa confiança?”, se o terá pensado nestes moldes não sei, mas sei que tomou precauções e deixou uma frase que nos responsabiliza a todos e onde ainda hoje nos revemos, "Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa».

Esta herança tem atravessado gerações e ultrapassa já os cem anos, como em todas as histórias longas e que envolvem partilhas há períodos de crescimento, e outros de desperdício. Não sei qual seria a posição do Sporting Clube de Portugal num ranking de clubes se ele existisse na época da sua fundação, sei que hoje ocupamos o trigésimo lugar do ranking, é bom? É mau? Perguntem-me daqui a mais 100 anos. Aquilo de que tenho a certeza é que somos maiores que esse número e que podemos crescer ainda mais. Esta classificação é feita com base em dados específicos e mensuráveis por um qualquer conjunto de senhores sentados numa secretária com um computador na frente, mas a marca que um clube deixa na sociedade, a sua herança, não se mede só por características mensuráveis. Felizmente ninguém pode medir o Paulinho, o Moniz Pereira, o Aurélio Pereira e tantos outros nomes que estes três exemplos ofuscam.

Quem somos hoje é muito mais do que a herança original, é muito mais que um número num ranking, no nosso ADN continua impregnado o espírito ousado e aventureiro do nosso fundador, penso que não vou errar por muito se disser que a decisão recente que mais nos une e identifica é a Academia Sporting e a aposta que fazemos na formação de atletas, o orgulho que sentimos quando há mais um miúdo que faz a sua estreia na equipa principal, a desilusão dolorosa quando um deles erra ou fala de modo displicente sobre a herança que ele próprio ajudou a construir e que connosco carrega. Revejo aqui a alma do fundador, o saber do ancião a indicar o caminho como quem diz, “Isso, é esse o caminho certo, mesmo com os seus erros apostem na juventude.”

Se tiver de identificar algo que seja transversal aos meus poucos anos de activo desta herança tenho de nomear as nossas claques, de novo a aposta na juventude e na sua generosidade, sem medo nem complexos, resultou numa história que já dura desde pelo menos 1976, foi nessa altura algo tão forte e inovador para mim que a primeira foto que tirei num estádio foi da Força Verde e da Juve Leo e não da equipa ou de um jogador. Hoje a descendência deste pedaço de nós já chega a Presidente, cresceu mas não perdeu o brilho no olhar, a paixão que foi ser jovem e terem-lhe confiado a defesa em todos os campos onde joga o Sporting das nossas cores, dos nossos símbolos.

No próximo sábado a curva vai estar unida no mesmo sector, quanto mais não seja durante 90 min. vão mostrar a todos que apesar das divergências nas partilhas o Sporting continua a ser a herança que nos une, temos um jogo importante em terreno adverso, a qualidade que gostava de ver ser explorada pela nossa equipa é a sua irreverência, a alegria de afrontar o equipamento que ainda carrega o símbolo de campeão nacional, o desplante de dizer olhos nos olhos dos seus adversários, “Esse símbolo é meu, quero-o para juntar à minha herança.” Paulo, não te preocupes tanto com aquilo que a tua equipa não tem, dá-lhe responsabilidade e pede-lhe ousadia, dá-lhe força e pede-lhe coragem, dá-lhe saber e pede-lhe criatividade, mas nunca enjaules um Leão jovem que quer ser o Rei da Selva, sê fiel à nossa mais valiosa herança.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Leões com Raça!

Sempre que vou a Alvalade provoco caras entre a estranheza e o espanto sempre que assumo a minha condição de Sportinguista do Norte. Habituados a conjugar aquele ponto cardeal com o nome de Pinto da Costa, os Sportinguistas parecem confundir uma pequena parte com o todo, esquecendo-se que nós, Sporting, somos de Portugal, desse País que se estende aos 4 cantos do Mundo. É uma pena que não se conheçam o número de adeptos que, de 15 em 15 dias, acorrem a Alvalade de todos os pontos do Nacional Rectângulo. E é administrar mal o negócio uma SAD que desconhece a sua clientela.

Mas não é apenas a “clientela” que está esquecida. Existe no Porto um baluarte do Sportinguismo que não tem merecido o carinho e a importância que merece. Mérito esse suportado na resiliência de gente que, acima dos seus interesse pessoais, não tem deixado cair este ponto estrategicamente localizado. O Solar do Norte foi uma conquista difícil, conseguida na presidência de Sousa Cintra, influenciado decisivamente pelo seu vice Júlio Santos, nome para sempre incontornável naquele edifício. Mas a sua importância estratégica vem sendo esquecida e até negligenciada pelo clube. Parecem estar esquecidos os bons préstimos ao clube, feitos de forma eficaz mas discreta. E no mandato de FSF nada mudou. A história que se segue, conhecida de muitos, foi contada numa reunião pública no Solar do Norte, aquando da apresentação da candidatura da AAS, única lista que resolveu reconhecer com a sua presença a importância do lugar.

Por altura da disputa eleitoral entre Soares Franco e Abrantes Mendes, ambos os candidatos marcaram visita ao Solar do Norte, mas apenas Abrantes Mendes compareceu, uma vez que FSF se viu impossibilitado, por dificuldades da sua agenda. Algum melindre parece ter resultado em Alvalade uma vez que FSF se deslocou à Invicta inúmeras vezes – vimo-lo na tribuna ao lado de Pinto da Costa – mas nunca à delegação do seu clube, de onde quase se vê o estádio. Quem lá esteve foi o vice para os núcleos, onde, verificando a necessidade de obras de manutenção no telhado, mandou avançar para obras, a serem pagas pelo clube. Quando a factura apareceu não teve quem a perfilhasse em Alvalade, onde até os telefonemas deixaram de ser atendidos. Foram os Sportinguistas do Solar do Norte que tiveram que se quotizar para que o clube não fosse enxovalhado por menos de 2.000 euros. Convém lembrar que o Solar do Norte pertence ao património imobiliário do Sporting Clube de Portugal, é uma delegação do clube e, nessa condição. Escusado será dizer que ali se encontram Sportinguistas das mais diversas opiniões e sensibilidades.

O Solar do Norte já passou por momentos difíceis, mas estes parecem estar afastados. Infelizmente sou pouco frequentador, porque ali se respira um verde e branco profundo, numa zona onde os Sportinguistas não se têm deixado sucumbir aos êxitos da concorrência. Assumindo a responsabilidade que devia ser do clube, os Sportinguistas do Solar do Norte vão, paulatinamente, devolvendo a dignidade à importante fracção do Sporting no Porto. De lá saem sempre adeptos para qualquer jogo onde o Sporting jogue. Junte-se a eles sempre que queira acompanhar a equipa, pois há sempre lugar para mais um.

Se o nosso Presidente lesse o “ANortedeAlvalade” atrevia-me a lançar este apelo: “Caro Presidente Bettencourt, tenho quase a certeza que gostará de ver o grande trabalho que está ser feito no Solar do Norte. Os Sportinguistas do Solar merecem um Abraço Leonino. Não os deixe a rugir sozinhos quando subir ao Porto no próximo sábado”.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A escolha certa


Depois deste comunicado da LPFP, acho que não há muito mais a dizer em relação ao senso (já nem digo bom pois duvido que exista sequer o "senso") por parte dos dirigentes desportivos nacionais.

Que mais será que vamos ter? Lucílio Batista no jogo com o Benfica? O apanha-bolas do jogo da década de 70? É melhor estarmos com atenção pois consta por aí que o José Pratas, Martins dos Santos e António Rola estão mortinhos por voltar ao activo.

Como eu tenho pena do senhor Pereira que tantas vezes encontro nas modalidades do Sporting. Parece que o respeito pelo Sporting ficou todo na geração dele.

JVL: "Típico bom-senso do futebol português"

"Duarte Gomes foi o árbitro nomeado para dirigir o clássico no Dragão. É mais uma prova do bom-senso que caracteriza o futebol português. Se possível, nomeiem os fiscais de linha do jogo da Taça da Liga.

Agradecia que o digníssimo árbitro, informasse o SCP onde pretende efectuar o seu aquecimento, de modo a que nada interrompa sua senhoria."


Mas se calhar estamos a exagerar. Este senhor apenas dá peitadas a treinadores das equipas visitadas e tanto quanto sei, o treinador de guarda-redes do Porto não persuadiu nenhuma amiga do senhor árbitro internacional.

Da montanha russa de Alvalade

Lembram-se de Pontus Farnerud? Nunca percebi a aversão que lhe foi devotada pelos adeptos sportinguistas, uma vez que no plantel de então estava longe de ser o perna-de-pau. Pois ele parece ter voltado em versão castelhana e gasta. Estou a falar de Angulo, obviamente.

PB é frequentemente apontado como um defensor intransigente dos interesses do Sporting. Duvido que o esteja a ser quando agora oferece a titularidade ao asturiano. A mim pouco me importa que exista entre o treinador e o jogador grande empatia, que Angulo vista a 17 que foi de Paulo Bento, ou que este tenha feito carreira no clube terra natal daquele. Jantem juntos, troquem lembranças, saiam a noite, façam o que todos nós fazemos em situações semelhantes. PB nem está a dar a mão a Angulo. Quando lhe dá a titularidade de mão beijada e o tira antes dos 45 iniciais estarem terminados, está antes a oferecer a sua cabeça numa bandeja. PB inverte as prioridades. Primeiro deveria assegurar a conquista dos 3 pontos e depois então dar a Angulo - e a todos que o mereçam... - o ritmo que a paragem prolongada lhe retirou. Da forma como PB tem actuado está apenas a criar um Pontus que não jogará em nenhum Angulo deste losango.

Voltando às figuras geométricas, ontem em Alvalade os melhores desenhos sobre o relvado (?) foram quase sempre dos Algarvios. Eles são de Olhão e nós jogamos à Boavista, o que está onde está. A satisfação de ter ganho, de ter visto os jogadores a dar tudo o que tinham para dar a volta à adversidade não me faz enfiar a cabeça na areia: a jogar assim estamos sempre mais perto de não chegar a lado nenhum. Porque raio contra nós todos parecem ser melhores? E tendo em conta a composição do plantel do Olhanense, nem vale a pena voltar à questão dos orçamentos, da experiência e da maturidade. Ou da falta de sorte: se aquele beijo no bico da baliza fosse ligeiramente mais abaixo e teríamos pornografia em Alvalade.

Quando se sofre golos como nós sofremos, a maior parte dos quais de cabeça, é redutor atirar as culpas para um homem só. A propalada solidez defensiva é uma miragem.

Ponto de ordem: dizer que não foi penalty é um pleonasmo desnecessário. Assim como não me parece que a bola na mão de Miguel Garcia – é assim que a vejo – merecesse punição. A questão é saber se na nossa área o árbitro, este ou outro, não teria marcado. Mas isso são outros… quinhentinhos.

E, se de repente, esta equipa nos oferecesse flores, em pleno dragão?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Emoções fortes

É aquilo a que temos tido direito nesta época. Nem sempre positivas mas sempre fortes. O jogo de hoje não foge à regra.

Começo por elogiar o Sp. Olhanense. Veio a Alvalade jogar para a vitória, e fê-lo jogando um futebol organizado e de ataque sempre que possível. Uma equipa jovem, que não se atemorizou por jogar na casa de um grande, não se limitando a defender com 11 jogadores atrás da linha da bola. Atacou e bem - especialmente na primeira parte - marcou dois bons golos, sendo o segundo um grande golo, teve oportunidade de fazer o 0-3, resultado que não acredito que o SCP fosse capaz de virar. Houvessem mais equipas a jogar assim e o campeonato seria muito mais competitivo e os adeptos dos grandes não ficariam tão chocados, ao verem a sua equipa a perder por 2 em casa.

Em segundo lugar, o penalty que dá o empate ao SCP, efectivamente não existe. Antes porém, a mão do Miguel Garcia passou impune.

Mais um jogo em que nos vimos em desvantagem e desta vez nem foi mínima, chegou aos 2 mas, tal como contra o Heerenveen, conseguimos dar a volta. Está visto que no que toca a reviravoltas e capacidade de sofrimento, esta equipa está bem servida. E até seria capaz de não ser preciso, não fosse em vários jogos, darem a primeira parte de avanço. Desta vez acordámos ainda nos primeiros 45 minutos e conseguimos empatar o jogo antes do intervalo.

A segunda parte não foi tão movimentada mas foi já no fim dela que Vukcevic, que fez um péssimo jogo, deu a vitória ao SCP. Um tiro fortíssimo sem qualquer hipótese para Ventura. Boas exibições de Abel, Moutinho e MV e grande exibição de Carriço, apesar da falha no 1º golo do Olhanense. Foi ele que marcou o 1º do SCP, estreando-se a facturar no campeonato nacional, e demonstrou sempre uma vontade enorme de levar a equipa à vitória.
Gostei da maneira como toda a equipa celebrou o 3º golo e de no fim do jogo, ver Carriço, Moutinho e Abel abraçados. Existe união, sem dúvida!

Vamos assim ao Dragão em igualdade pontual na próxima jornada, nem poderia ser de outra forma, e desta vez, Liedson nem marcou. Estará a guardar-se para o Dragão?

Apesar de ser no Porto, que acreditemos no nosso valor e que joguemos para ganhar. Afinal de contas, como diz o António Silva no Leão da Estrela:

"Nem que fosse na China!"

Um satélite em Alvalade.

Um sinal dos tempos: a 4ª filial do Sporting Clube de Portugal regressa a Alvalade, após décadas de interregno. Mas, olhando com objectividade, o clube algarvio é hoje identificado como um satélite do clube de Pinto da Costa, com meia-dúzia de jogadores azuis em regime de internato. É o futebol português entre a luz e a sombra. Muito mudou pois desde a época 74/75, em que ganhamos por 7-0 no velhinho Alvalade. Não se pense que a perda de influência do nosso clube se deve apenas ao crescimento de “La Famiglia” de Pinto da Costa. Há também algum demérito da nossa parte. O que dizer quando o clube se esquece de endereçar os parabéns à sua 4ª filial pelo regresso ao convívio dos grandes? Não fora a AAS e em Olhão não haveria congratulações da Casa Mãe…

Estou convencido que teremos pela frente um adversário difícil. Os algarvios jogam à imagem das suas gentes, lobos do mar, habituados à bonança e às intempéries, e do seu treinador, daqueles defesas que quebrariam antes de torcer. Mas não será apenas a entrega dos de Olhão que teremos que contornar. Os 6 pontos até agora alcançados mostram uma equipa capaz de jogar, pouco assustada com os holofotes da Liga Sagres.

Haverá pressão acrescida pelos resultados do fim-de-semana? Tenho alguma dificuldade em aceitar este argumento. Jogássemos antes ou depois de conhecidos os resultados, a nossa obrigação de ganhar nunca seria atenuada, e isto independentemente de na próxima jornada jogarmos no dragão ou não.

Nos convocados saliente-se a ausência de Grimi e de Marques, este lesionado, com necessidade de intervenção cirúrgica. Caneira deverá assim continuar titular. Regressam Caicedo e Pereirinha após lesão.

Convocados:
Guarda-redes: Rui Patrício e Ricardo Baptista;
Defesas: Daniel Carriço, Polga, Caneira, Tonel e Abel;
Médios: Adrien, Vukcevic, Matías Fernandez, Angulo, Miguel Veloso, Pereirinha e João Moutinho;
Avançados: Caicedo, Yannick Djaló, Hélder Postiga e Liedson.

É a tua vez!

Parece ridículo mas apenas ontem fiz o raciocínio mental que me fez notar que as nossas principais modalidades (futebol, futsal e andebol) são treinadas por três Paulo's.


Paulo Fernandes (Futsal) - Na deslocação difícil a Vizela, derrotou com classe e números expressivos a Fundação Jorge Antunes por 4-10.

Uma excelente vitória, ainda por mais em casa de um dos principais opositores no campeonato nacional. Cardinal, com quatro golos, e Evandro, com três, foram as principais figuras do equipa leonina.


Paulo Faria (Andebol) - Pegou na equipa a meio do ano passado e fez os sportinguistas olharem novamente com atenção para o andebol, modalidade onde o Sporting é o clube com mais títulos nacionais.

No jogo de ontem, o Benfica (vice-campeão nacional) foi totalmente vergado pelos pupilos de Paulo Faria que apesar da sua juventude (4 jogadores com menos de 24 anos no sete inicial) usaram todos os seus predicados e limparam o "eterno rival" por 9 golos de diferença... sem moedas nem garrafas de água.


Paulo Bento assistiu à partida de andebol ao lado de José Eduardo Bettencourt e Paulo Fernandes, com quem partilhou diversas impressões.

Logo à noite, o Sporting defronta a sua filial nº4, o Olhanense, equipa comandada pelo ex-colega de selecção de Bento, Jorge Costa.

Depois dos outros resultados deste fim-de-semana, esperamos que a nossa equipa de futebol coloque a "cereja no topo do bolo" e leve de vencida os jovens de Olhão e de outros lados, incluindo o heróis de Alkmaar, Miguel Garcia.

EM FRENTE SPORTING!

domingo, 20 de setembro de 2009

Jorge de Sousa: "e pluribus unum"

O U. Leiria vai ser uma das boas equipas deste campeonato. Muito bom jogo da equipa orientada pelo Grande Manel, atraiçoado pela distracção inicial, pela lesão de Marco Soares, pelo fraco rendimento do substituto Kalaba, quando Thiago Luis ou Cássio teriam feito muito melhor. Carlão é jogador para um furos acima e André Santos um belo 6.

Registe-se o bom jogo de bola parada da equipa de Jesus: 3 golos, embora o 3º tenham contado com a ajuda do espírito santo de Jorge Sousa. O contacto de Mamadou Tall acontece depois do corte, que no máximo, para um árbitro de mal com o mundo, mereceria um livre indirecto.

PS: Resolvi re-editar o post para lhe adicionar a imagem que comprova o que afirmo: é Aimar quem provoca o contacto, o defesa do U. Leiria faz o que lhe compete, que é cortar a bola. Quem viu o jogo por certo se lembra de uma situação idêntica, fora da área, com Aimar que o árbitro não marcou. Cada um terá a opinião que entender mas convém, antes mais, conhecer a lei. Segundo as leis do jogo um penalty deve ser marcado "uma equipa cometa uma das 10 faltas punidas com livre directo". Ora estas são (lei 12):
  • dar ou tentar dar um pontapé num adversário;
  • passar ou tentar passar uma rasteira a um adversário;
  • saltar sobre um adversário;
  • carregar um adversário;
  • agredir ou tentar agredir um adversário;
  • empurrar um adversário.
  • entrar em tacle contra um adversário.
  • agarrar um adversário;
  • cuspir sobre um adversário;
  • tocar deliberadamente a bola com as mãos (excepto o guarda-redes dentro da sua própria área de grande penalidade).
Digam lá qual delas cometeu Mamadou Tall. É que não estender uma passadeira vermelha ainda não consta como falta, talvez não falte muito. Se acho que Jorge de Sousa errou de propósito? Não! Concordo é com Jesus: é assim que se fazem campeões, em particular em Portugal há uns anos para cá.

SCP - slb

Joga-se hoje pelas 17 horas a 2ª jornada do campeonato de andebol, recebendo o SCP o seu velho rival.

Depois da boa actuação frente ao fcp, actual campeão nacional, onde ficou demonstrado que o SCP tem uma equipa e treinador que nos podem levar ao título, temos hoje mais um difícil teste, frente a uma equipa que é também uma séria candidata ao título.

Como se pode ler no site do Clube, João Pinto, um dos capitães da equipa, apelou à presença em força dos sócios e adeptos do Clube.

"É fundamental a força dos nossos sócios e adeptos. Na primeira jornada, o FC Porto venceu-nos, muito pela influência dos seus apoiantes. Venceu porque teve oportunidade de tirar partido do factor casa, especialmente numa altura decisiva do jogo em que o público ajudou muito o nosso adversário. Assim, frente ao Benfica, se tivermos o público do nosso lado, com a casa totalmente cheia de sportinguistas, não tenho dúvidas de que também poderemos tirar partido do factor casa".

João Pinto disse ainda que: "os jogos com o Benfica são sempre «quentes» e apesar de se falar muito em «fair-play», que até é de louvar, uma coisa é certa, na nossa casa quem manda somos nós. Na nossa casa, tudo faremos para vencer".

Quanto ao que esperar do jogo: "um «derby» recheado de emoções. As duas equipas reforçaram-se muito bem para esta época e, embora, estejamos no princípio do campeonato, para nós, todos os jogos são importantes e, em nossa casa, queremos vencer todos".

Espero que hoje no Casal Vistoso, os Sportinguistas apareçam a apoiar uma modalidade histórica e que ajudem a nossa equipa a conquistar uma vitória saborosa que vale 3 pontos e algo mais.

FORÇA SCP!!! ECLETISMO SEMPRE!!!

PS: É certo que o futebol mexe com todos mas é uma pena que o site do Clube continue a destacar a vitória de quinta-feira passada sobre o Heerenveen e remeta o derby para uma posição terciária. Não faria muito mais sentido, dar destaque à vitória do futsal e aos campeões europeus de hóquei em patins e depois lançar o derby?

sábado, 19 de setembro de 2009

Sábado de Domingos

Uma equipa que ganha a dois crónicos candidatos, conhecendo apenas a vitória como resultado em 5 jogos consecutivos, é um líder incontestável e um candidato real. A autenticidade da candidatura, alicerçada nos 15 pontos até agora conquistados é vincada por 9 golos marcados e apenas 3 sofridos. Para terem uma ideia do que isso é, após jogar com 2 grandes, para os igualarmos amanhã temos que marcar 4 ao Olhanense sem permitir resposta.

Além de um bom jogo de campeonato os Sportinguistas puderam rever caras conhecidas em Alvalade. Moisés para nós é nome de meteoro e não de profeta, tendo em conta a velocidade com que entrou e saiu. Um bom defesa, sem dúvida. Se é certo que antes de chegar a Alvalade todos são bons, o contrário também acontece: até sem jogar há jogadores marcados pelos adeptos. Lembro-me bem do que se disse dele.

Viana, já aqui trazido por mim vezes sem conta, foi carta fora do baralho dos reforços. César Peixoto preferiu outras paragens e a veterania - direi maturidade? - de Ângulo até já mereceu a titularidade. Foi dos melhores em campo, sendo fundamental na hora de dar segurança na posse de bola. Varela foi dos melhores de azul e branco mas Tiuí serviu melhor os nossos interesses.

O Fcp receber-nos-á em igualdade pontual – não concebo outro resultado na segunda-feira que não seja ganhar, por tudo e pelo sucedido hoje e talvez amanhã… - e após uma derrota que mereceu. O ano passado começaram a ganhar o campeonato em Alvalade. É a hora de lhes retribuirmos.

Entrada de Leão tiveram a equipa de futsal, ao marcar 10 golos à F. J. Antunes em Vizela. Temos gente!
Onde o futuro pode estar assegurado, resultado do trabalho de formiguinhas perseverantes, é no hóquei em patins. A selecção portuguesa de sub-17, onde constam 4 leõezinhos, sagrou-se campeã europeia.

Trocos

Pode ler-se hoje no Record o seguinte:

"Grimi foi adquirido ao Milan por 2,5 milhões de euros, mas os "custos totais associados à contratação" do lateral argentino ascenderam a 3,95 milhões de euros, como consta do relatório e contas de 2008/09. Em nota disponível no site do clube, datada de 4.ª feira, dia 16, o Sporting esclarece que a discrepância de valores fica a dever-se ao prémio de assinatura pago ao defesa de 24 anos e à existência de uma comissão para intermediários.

"Esclarece a Sporting SAD que, ao valor de aquisição dos direitos desportivos do jogador ao AC Milan referido no comunicado de informação privilegiada de 15 de julho de 2008, acresce o montante pago ao jogador a título de prémio de assinatura, o valor pago pela sociedade para aquisição e exploração dos seus direitos de imagem e, por fim, a comissão de intermediação que teve lugar", explica a SAD, verificando que o "valor atual contabilístico refletido no balanço é necessariamente superior àquele que foi comunicado e suportado pela sociedade com a aquisição dos direitos desportivos".

Os 2,5 milhões de euros desembolsados para o Milan garantiram ao Sporting 65% do passe de Grimi. O acordo prevê que a SAD comprará adicionalmente 5% da percentagem detida pelos italianos (por 200 mil euros) sempre que a equipa de Alvalade se qualificar para a Liga dos Campeões. Grimi tem contrato até 2013 e cláusula de 25 milhões."

Pagámos 4 milhões pelo Grimi, por quem nunca percebi o forcing feito para contar com ele. Além disso, estabelecemos um acordo em que se prevê a compra de 5% do seu passe, sempre que nos qualifiquemos para a LC, não esclarecendo se isso é facultativo ou não.

É isto um bom negócio? Gostava de saber a vossa opinião.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A pergunta do momento.

Já lá vão 3 jogos, pelo menos, que o nosso treinador Paulo Bento justifica exibições duvidosas com “falta de maturidade”. O que quer dizer afinal PB com isso? Não é pela experiência dos jogadores ou pela sua média de idades, seguramente.

Quer-me parecer que o treinador se refere não a este ou aquele jogador em particular, antes sim à manobra colectiva, seja na hora de gerir a posse de bola, ou quando é necessário correr atrás dela. Mais concretamente da dificuldade que a equipa tem em administrar determinados momentos do jogo, em que acaba por dar argumentos ao crescimento do adversário. Aquela qualidade que têm os bons onzes, conseguindo congelar o jogo, arranjar pausas para respirar, porque é impossível dominar o adversário do apito inicial até ao fim. Ou a capacidade de matar o jogo, aumentando uma diferença escassa para uma par de golos de distância. Foi isso que faltou ontem na Holanda, no domingo com o Paços de Ferreira, em Florença também.

Se o meu diagnóstico está certo, fico com a ideia que a maturidade de que Paulo Bento fala é uma coisa que se treina à semana para se ter nos dias de jogo. Senão para que serve o treino afinal?

Sexta-feira levezinha

Uma mistura de axé com corridinho algarvio, uma marcha de Lisboa com sotaque, um vira minhoto com zabumba e sanfona, café do sertão com um pastel de nata. As sextas têm mais encanto quando se acorda ao som de um TRInado levezinho, não acham?

Ficou ontem provado que não é a introdução de mais meios humanos que vai resolver os imbróglios habituais no futebol. Há hoje tecnologia disponível para o efeito, o que não parece é haver vontade do International Board. A introdução de mais 2 pares de olhos é a quadruplicação dos problemas e de alguns orçamentos, pelo aumento das provisões de fruta e meias de leite. A não ser que se tenha árbitros auxiliares como em Portugal: capazes de ver a 50m, visão raio X, como o do final da Taça da Liga...

Rui Costa estará em Alvalade. A última vez que alguém com este nome esteve em instalações do Sporting choveram pedras. Que fenómeno biblico nos estará reservado para a próxima segunda-feira?

Não devem ter passado despercebidos os mais recentes desenvolvimentos do “apito dourado”. Sabemos agora que a Justiça escuta mas não ouve. Vive de olhos vendados para a realidade, o que confirma a sabedoria popular: não há pior cego do que se recusa a ver. Ainda vamos ver o Bartolomeu, o da Costa e outras virgens a serem canonizadas.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

São Liedson

O SCP começou com o melhor resultado possível, não da melhor maneira, a sua participação na Liga Europa. É que se tivesse sido da melhor maneira possível, não teríamos passado por tantos calafrios, completamente injustificados, ante uma equipa francamente inferior ao SCP.
Num grupo acessível, exige-se que o SCP se apure para a próxima fase, de preferência em primeiro.

Devido às vicissitudes de ter que seguir o jogo pela net, perdi os primeiros 5 minutos de jogo. Pelo que me foi transmitido, entrámos bem e poderíamos ter ficado logo em vantagem. Depois veio a reacção do Heerenven até que fizeram o golo num golpe de cabeça do seu pequeno mas guerreiro ponta de lança que, com o seu 1.97m, estava entalado entre as torres de Alvalade. E chegou a ser cómico ver Carriço num canto a marcá-lo. Faz sentido que seja o defesa mais alto, realmente. Não percebo porque é que não era o Abel, sendo assim...

Pergunto eu: se o Polga veio de lesão, se o Tonel correspondeu e bem no jogo em que recoquistou a titularidade, se o atacante deles é perigoso no jogo aéreo, porque é que não manteve Tonel a titular? Ele que perdeu o lugar devido a uma lesão para Carriço, pelos vistos não pode ganhar o lugar a Polga assim. Aliás, não há maneira de Polga perder o lugar. Adiante.

Eis que a perder por 1, o SCP resolve recuperar o controlo do jogo e consegue ainda antes do intervalo virar o resultado com 2 golos de São Liedson, o 2º após um toque soberbo de Matías. Intervalo.

Penso assim: tendo em conta o que o Djaló não fez, é capaz de ser substituído. Qual quê!! Quando a equipa volta, lá está o Tilt, preparado para mais 45 minutos de (CENSURADO).

Começa a segunda parte, e eis o SCP, naquela atitude que tanto nos caracteriza enquanto equipa em vantagem: controlar. É verdade que tivemos uma boa oportunidade para fazer o 3º mas depois, foi o recuar, a postura expectante, ao invés de nos lançarmos em busca do golo, para matarmos o jogo. Bem disse o Litos que defender o resultado muito cedo era um erro. Acredito que quase todos saibamos isso. Quase...

O que é nos trouxe esta postura? Ora bem, o empate num lance de bola parada em que RP me parece mal batido e uns momentos às aranhas, em que parecia que estávamos a jogar contra uma equipa que realmente tinha qualidade. Mas como nós também sabemos, o futebol é isto e num lance pela direita, Moutinho - que fez um jogo bastante fraco que a assitência não apaga - centra e eis Liedson a fazer o hattrick!! Substituição imediata no SCP: entra Tonel.
Compreendo a substituição mas irrita-me esta pequenez. Porque não foi um caso único mas sim porque é a regra. É o segurar o resultado o mais possível ao invés de tentar partir atrás do golo da tranquilidade.

Houve ainda mais oportunidades para marcar mas fomos bastante perdulários e assim sendo, é como o LdA disse na caixa de comentários do post em baixo:

Sejamos justos: não há treinador que possa fazer nada ante tanto golo falhado!!!

Boa vitória, num jogo que poderia ter sido resolvido mais cedo, e que nos dá a liderança do grupo devido ao empate (1-1) entre o Hertha Berlim e o Ventspils.

Uma última nota para o Djaló: é preciso dizer alguma coisa?