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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um novo argumento para o Navio Fantasma?

Quem ontem viu o debate e não conheça a história recente do clube não diria que estiveram frente as 2 figuras mais importantes dos executivos recentes do Sporting. Nada mais nada menos que o anterior presidente e o actual, mas, mais importante, o anterior presidente e o seu vice-presidente substituto.

Mas houve algo que ficou bem claro: Dias da Cunha não se lembra e não parece saber muito bem para onde levava o Sporting. O passivo, ao seu tempo, era monstro de apetite insaciável e não parou de engordar. Não deixou de ser surpreendente ver Dias da Cunha com perguntas dos nossos consócios do Leão de Verdade. As alianças no Sporting podem ser mais surpreendentes que um argumento de Hitchcok. Porque não ajuda Dias da Cunha a responder a alguma perguntas que eles muito bem têm feito? Surpresa, ou talvez não, foi também a aparição do sinistro Meireles, que depois de sacar, sugar e mamar, ainda tem o desplante de dizer o contrário do que escreveu e assinou. Não percebo é como, de repente, todos aparecem juntos. O que é nisto tudo uma guerra pessoal e os verdadeiros interesses do Sporting?

Estranho porém a posição de F.S.F.: que andava ele lá a fazer? Não era afinal o nº2 na hierarquia? Percebemos que foi uma surpresa para FSF deparar com o buraco de 16 milhões na tesouraria, por incumprimento do acordo de alienação do E.V.A. (Afinal o promitente vendedor do património sempre foi Dias da Cunha?). Como pôde assistir de poltrona a tudo o que a agora parece discordar? E cada vez que fala FSF parece dizer o contrário do que pensa e do que, pelos vistos, escreve. Os sócios e o ecletismo são uma maçada para ele. Concordo porém com 1 ponto: com este passivo não seremos nunca competitivos.

Nem FSF nem Dias da Cunha parecem ter percebido bem porque se afastou Ernesto Ferreira da Silva. Estamos a falar do Presidente do Conselho Fiscal à data. Será que ele, mais do que ninguém, sabia que o passivo, a onda enorme que continuava a crescer e que ameaçava arrasar tudo à passagem, era água de mais para o navio dele? A sua retirada da sucessão dinástica a Dias da Cunha não foi o salto do 1º rato, a que nem o lustro de ser o Presidente do Centenário conseguiu demover? Ernesto Ferreira da Silva tem-se esquivado a cargos executivos e saiu-se muito bem com a realização do Congresso. Mas como Presidente de um órgão fiscalizador o seu silêncio foi demasiado comprometido e comprometedor.

Em todo o debate uma profunda ausência dos sócios. Em nenhum momento os contendores pareceram ter em conta aqueles que representaram, mesmo que Dias da Cunha nunca tenha sido eleito. Este debate mais pareceu um novo argumento para uma nova versão do Navio Fantasma: o Sporting tem tido presidentes, mas falta-lhe há muito um comandante. Alguém a quem nós, os que viajamos esquecidos no porão, consigamos confiar que não nos deixará encalhados num rochedo qualquer.

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